Será, será possível encontrar a verdade num acto de desespero, será que ainda me resta algum tempo contigo, aquele tempo que me permite dizer o quanto gosto de ti, o quanto preciso de ti, será que me resta esse tempo, esse espaço entre momentos, será que soube dar-te tudo o que querias, ou será que deixei-me morrer lento, no lento passar do tempo, será que fiz tudo o que podia fazer, ou fui simplesmente mais um, aquele que vê, que olha e que relata, mas ainda que doa, nada faz, será que um dia vou entender o céu, as suas tempestades e o seu azul luminoso, ou será que o escuro e o negro não me deixarão diferenciar o Norte do Sul, será que o amanhã ainda existe para mim, ou ao ver-te, deixei-me ir, será que lá fora o mundo ainda gira, ou as estrelas caíram e qualquer sorte desapareceu, será que te vou amar como hoje te amo, será que nesse dia vais estar comigo, será que os anjos ainda cantam, será que sou eu que existo ou é tempo que perco quando tento sorrir, será mesmo assim, diz-me, será?
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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