Dou por mim a viver uma vida que não é a minha, dou por mim a ouvir o teu choro e o teu desejo sem nada poder fazer, olho para mais uma janela, para mais um sonho, rever o mar e as estrelas na escuridão são uma constante, o desafio da sua magnitude deixam-me inquieto e capaz de tudo, sim, porque aquilo que os olhos alcançam jamais o coração poderá desperdiçar, depois vem a certeza de não ter forças para te sonhar, para te viver, depois vem a certeza dessa música, dessa voz que esconde as palavras que ainda não dizes, depois vem a porta que abre e que faz entrar sempre a mesma pessoa, sempre os mesmos gestos e as mesmas verdades, e a vida à qual nos agarramos depende só de nós....ou talvez não!!
"nenhum outro ruído é tão inquietante como aquele que sobra das palavras que se não dizem." Júlio Montenegro