Ausente que estou, que sinto, vou fazer-me à dura estrada entrelaçada em curvas e rectas famintas de portas e janelas, quero sentir a ira do meu horizonte, a luz que me resta ao longe, a fogueira que arde em alto monte, adeus, minha gente, é a hora certa, o momento exacto, a quem vejo arrependido, as mãos que me negaram e que um dia foram o amigo, adeus a essa gente, olá e bem-vindo a quem quiser, a quem estiver na curva ou na recta desta minha dura e inquietante corrida, nas minhas costas levo quem me ama, levo-te no peso do meu coração, levo-te dentro do meu sossego, estou bem, estou bem assim, despedido do lado errado em que nasci, no lado errado da vida, partir, ir, buscar, ausente vou ficar, longe de uma memória que não vou guardar, guardarei a lição, mas esquecerei o livro, adeus e até nunca, olá, muito prazer em conhecer-te, é uma honra viver-te.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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