Gostava de ter o poder de mudar o rumo destas palavras, gostava de olhar para elas e dizer o quanto as admiro, o quanto as venero, gostava de senti-las e observá-las, fechado com elas numa sala repleta de cultura e silêncio, de olhos abertos e ouvidos moucos, janelas corridas e planos que nada valem ao seu saber, palavras inteiras ou pela metade, palavras que entendem as outras, vozes surdas que lutam sem consequência, abraços e gestos sentidos, pensamentos levados pela força de um vento que jamais os pode devolver, passado que é o presente do nosso triste futuro, restam as palavras, as ditas palavras, as tais, aquelas por quem não esquecemos.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
Comentários
Enviar um comentário