Quando o teu corpo tocou uma parte do meu e fez tornar um recanto de ser num sol acordado e instante pecado do sereno, o desejo acontece por fim, foi um mar que te deu e o teu canto mudou, a verdade arrancou, no meu peito aterrou e o meu sopro morreu, dá-me um quarto vazio, vou deixar-te na tua fala e na pele que há em mim e de que nada sabes, vou tornar a ser, tornar a ver, vou ser o gigante adormecido, a música que me faz, o texto que me escreve, sem palavra, só melodia, só gesto, não sou mais que uma gota de luz ou uma estrela que cai, sou tudo e nada, não sou mais que um gracejo de Deus e um jardim de beijos sem idade. É tudo e é nada.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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