Sem
rumo, meio termo, partido, inacabado, como se de um lado se tratasse, só semblante,
separado do meu intento que finaliza o absoluto de mim. Grosseiro, desesperado
e isolado, arredado do outro lado que me cativa, desse lado do olhar, do
sorriso intempestivo, do lado que tarda em chamar. Nem presente de, nem
distante ou passado do, é um quase tudo cheio de nada e um nada quase cheio de
tudo. Pois é, a norte ou a sul, é trapézio sem rede, à espera de uma palavra,
de um sentido, de um qualquer gesto, de um dia. A inquietude do caminho que
visto aos meus olhos não se conforma com a lentidão do despertar. É uma demora
contínua que exaspera o presente, abdico da ausência de mim, da omissão do meu
querer, do silêncio das minhas palavras, suporto tudo o que a vida me quiser
dar, aqui, agora e para sempre.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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