Aquela sensação de estarmos a meio da viagem e apercebemo-nos que nos esquecemos de algo que é fundamental para podermos chegar ao nosso destino, assim acontece, estou a meio percurso da minha existência e tudo o que lembro, tudo o que ouvi, tudo o que vivi e experienciei, todas as lembranças e memórias que guardo, tudo o que faz parte do meu passado não me deixa chegar ao meu futuro, dizem que o Homem para se realizar tem que pelo menos, plantar uma árvore, ter o dom da paternidade ou maternidade e escrever um livro, quem me conhece sabe bem que desta doutrina não colaboro, ao invés, apetece-me viver e agradecer por cada gesto, por cada olhar desconhecido, por cada palavra amiga, pelo ar que respiro e pelas palavras que vou lendo, despreocupa-me saber que existem as regras criadas por regras, jamais irei permanecer no registo de pensar o que outros podem ou não fazer para seguir em frente, antes percorrer este caminho sem destino ou lugar, percorrer este caminho a olhar para o presente e a viver bons momentos, a recordar o primeiro sorriso ou a primeira lágrima, a ver nos outros aquilo que sou ou aquilo que não quero ser, porque só se vive uma vez, pelo menos uma vez de cada vez, em pleno e constante presente, passados que estão estes anos, cumpre-me ir em busca de algo mais, cumpre-me educar a minha memória para que ela se lembre daqui por uns tempos destas palavras que em vão pensamento vou escrevendo.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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