Perdido
entre o sorriso e a verdade das verdades, cruzado que está o mar, falta
descobrir o mundo e falar mais alto, falta saborear a tua onda que traz o desejo
e leva a saudade, recado e gesto de um
corpo de respeito caminhar, imponente olhar e toque suave daquela melodia que só
por nós consegue ser ouvida, cadeira vazia que espera por ti e pela tua vontade,
abraço que lembra e aperta a força do nosso silêncio. Semântica, significado,
abalo ou precipício, como se de um lado se tratasse, ausente do meu oposto que estou,
arredado dessa outra metade que me fascina, que ainda não pode vir, que tarda. Assim
sinto e sou, longe da palavra, da tua palavra, dessa que sai dos teus olhos sem
nada dizeres, impaciente na nossa omissão e paciente do nosso querer, assim
espero e deixo o livre arbítrio desenhar, aqui e agora. Sempre.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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