Na verdade, ao ver-te aí sentada no colo, a choramingar e a lutar contra o sono, decidi ir devagar, com medo de falhar, não sabia se esse era o caminho, o caminho para te encontrar, o caminho para te poder desvendar, para te poder entender, fui ao encontro do teu sono, a tentar procurar o que sabes de mim, a tentar procurar o teu desejo, sem entender o teu pedido, sabia que pedias e chamavas por mim, daqui para aí, um tempo, uma vontade, falas na tua língua, na língua dos anjos, falas com o teu olhar, com as tuas mãos, olhas na minha direcção, esboças um sorriso e pedes, pedes de mim tudo o que sou, e eu, dentro do teu sonho, sou tudo o que queres que seja.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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