É muito tempo a descobrir o tempo, a desejar o tempo, a levantar marés, é muita a distância entre o silêncio e a voz, a vida vai rasgando os bocadinhos que são gastos pelo mundo, tu que sabes tanto de mim, tu que sentes quem eu sou, o medo fechou para abrir-se a outra margem de mim, são muitos dias de labirinto sem saída prevista, é muita vida a planar sobre o que sinto, dá-me um gesto que me diga o teu fundo, uma palavra que te possa tocar, dá-me o teu lugar encantado, dá-me a outra margem de mim.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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