Não é nada mais que falar sobre mim e sobre aquilo que o meu pensamento pensa sobre ele próprio, estou sentado numa cadeira emprestada, diante de umas tantas camas com uns tantos pacientes, todos estão bem, o ambiente é tranquilo, honesto e desinteressado pelo mundo avesso e conhecido por todos, os rostos são de ausência e reveladores de uma dor profunda, de uma dor que explicada jamais poderá fazer sentido, a dor da solidão, olhos vazios, cheios de uma certeza vivida, olhos postos em mim e nos que aqui vem, olhos gratos pelo sorriso, são almas tristes e submersas em pensamentos levados e arrastados pelo tempo da memória, lembro a ausência da fé, pois a tormenta e a aflição são profundas e a fé está na porta que se abre e que se fecha mas que não deixa entrar nem sair ninguém, estão sós, prontas para tudo e conscientes do nada, são vozes que tocam as lágrimas de quem as ouve, sinto-me dentro dessa gente e então penso, a solidão é o sentimento mais profundo e mais intenso que podemos viver, sinto-a em cada uma de vós, em silêncio vos digo, nunca estais sós, do vosso lado está Aquele que vos dá a paz e a vida.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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