A beleza
da tua coreografia, a sedução que transmites no olhar, o delírio que esvoaça por
entre os dedos quentes da brisa não é mais do que a razão que em mim eternizas,
diante de ti perfilam exércitos apaixonados, mistérios que o tempo seduziu,
momentos que só a essência pode sentir, daí o arrepio, a sede da alma, aquela
que agasalhamos com roupa quando nos despem com o olhar. Não tens medo, és a síntese
dos anos, és o que vem e o que foi, és a palavra perfeita que traz consigo a
força do que diz, és uma linha sem traço, um desenho sem tela, um juízo sem
mágoa, és o sorriso do sofrimento, és a resposta e a diferença na inquietude,
és o romper do equívoco e o rasgar do silêncio, não há muitas outras razões
para estar vivo, a não ser para te ver viver…
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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