Já
são estas horas e o meu mundo continua acordado, ouvem-se da harpa melodias intensas
de assédio e provocação, as minhas pernas arqueiam e tremem sem nada poder
fazer, dobra-se o corpo sobre mim mesmo e o silêncio volta a chamar, a clamar
por um naufrágio de doces e intensos abraços, por um olhar que alimenta o sossego
e os sentidos, por um sorriso que atravessa a rua sem darmos por nada, sob a
forma de uma sombra que nos vela o sono ou de um olhar que faz descer escadas, separando, delicadamente, o corpo e a alma não
fosse o nosso desejo querer juntá-los no tempo, passageiro ou eterno.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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