És uma espécie de calma e serenidade que me acolhe, és um dia devagar, um caminho por descobrir, um copo meio cheio e meio vazio, um secreto adeus, um bilhete que se perde, és o esconder do tempo, o deixar presente, levo-te comigo, na verdade distante, no desejo apertado, na vontade divina, agarras-me com as palavras que nunca dizes, voas nas asas perdidas do meu sonho, és o vento que sopra sem memória e o suspiro que vive em segredo, és um poema deserto numa praia qualquer, és o meu beijo e a minha dor, és o alfa e o ómega, o princípio e o fim.
"nenhum outro ruído é tão inquietante como aquele que sobra das palavras que se não dizem." Júlio Montenegro