Sobre mim, não sei o que dizer, o que transmitir, nem sei se terei algo para deixar, sou assim, não sou aquele que se vê ao espelho, sou aquele que caminha contigo e que fala no escuro, sou aquele que te sente e que te traz no coração, sou aquele que conhece a tua casa e gosta dela, que olha para ti todas as manhãs, que fala contigo, que se esconde de ti, mesmo sabendo que de ti nada se pode esconder, sou aquele que lava a cara num olhar, num gesto, sou aquele que olha com respeito e admiração, sou aquele que atravessa, que se assusta e que chora, sou o do sorriso que contagia, sou aquele que caminha para trás quando assim é preciso, sou aquele que canta quando ninguém está a ouvir, sou aquele que diz bem quando quer dizer mal, sou aquele do silêncio e da sua virtude, não sou a verdade nem a mentira, nem tão pouco sei se existem, sou assim e no final, não sou mais nem menos do que tu.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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