Quando
veio, veio num olhar e num gesto vazio, veio sem pedir e sem levar o medo,
falei-te ao ouvido e disse-te para não partires, nunca mais. Hoje, cada gesto,
cada noite, cada luar és sem mim, és tudo, abraço-te como se fosses vida em
mim, como se fosses tempo no tempo, um beijo que roubo no pensamento, um beijo
perfeito e de perfume intenso, uma presença que voa em cada gesto, um olhar que
não sei se conquistei. O momento, posso eu estar longe ou perto, aqui e agora
no teu mundo, porque entras no meu sonho e contas histórias, vives memórias
para no fim voltares a partir sem me levares, está frio e o teu beijo deixa-me
ao alcance, quando te vais, ficas longe, e é longe viver em ti, fica longe esta
melodia que escrevo para ti. Podes ser o deserto ou a penumbra, podes ser o
silêncio das estrelas do meu quarto, podes ser tudo. Trazes a tempestade e os
ventos de areia, ficas perto da margem, perto da distância, agarra-me, deixa-me
em ti este sentir, deixa em mim o tanto que tens de ti ou leva contigo o que resta
de mim...
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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