Perdi
a voz na vida, uma razão de quatro ventos e dois gritos que não deixam sair as minhas
asas, o caminho que não é o castigo, é a ilusão de um silêncio que acaricia o céu
e esquece a dor. Invento horizontes e cubro o adormecer com um dia frio de
vitórias e gostos desmedidos. Quero viver o inesperado e saber que o simples é
vivido sem preconceitos, com gratidão e amizade, quero pintar as paredes que me
rodeiam de cores vivas, gestos nobres e momentos únicos, quero os teus olhos,
quero dizer mais e falar menos, quero esquecer a luz e viver na penumbra do
diz-me tu, diz-me tu se a solidão faz pensar e ver melhor na escuridão, diz-me
tu onde estão os meus passos, diz-me por onde vão, e as memórias, e as páginas
em branco, quem as vai escrever, quem as vai ler. Só quero afastar a tristeza
de um coração sem cor e sem melodia, quero dizê-lo baixinho, quero a tua poesia
e a tua alegria, quero soletrar bem devagar as palavras que nunca te direi, quero
soltar os mesmos quatro ventos e seguir-te ainda que caiam os céus.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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