Existe este texto a quatro mãos que ama sem cura e sofre sem remédio, existe
a confissão calada, a beleza do sentir e a serenidade do querer. Sou
confrontado com a fé e com um saber que está condenado nos esquissos da
inocência, desenho com lápis por afiar, melhor, por aguçar, um traço sem limite
e com limites a acompanhar. São mãos já consumidas, vividas, sujas de palavras
que as foram moldando, mãos enrugadas de infinita misericórdia, mãos que tocam
e expiam o resto do tempo, mãos que acenam e que encomendam a felicidade, mãos
que mostram o caminho e pelo caminho vão sentindo as feridas do desenho, são mãos
que apertam o desejo de amar e que por amor se conseguem
largar, são quatro, as mãos...
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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