Esse grito que nos sussurra o corpo, o que agasalhamos com roupa quando alguém nos despe com o olhar, essa indisfarçável intuição que na impetuosidade faz do silêncio o elegante folhear do destino. Essa alma que solta sempre a mesma risada, que encurrala o papel entre o lápis e o saber, que é capaz de vir até junto de nós, capaz de levitar o sonho da escrita e a verdade da consequência, a mesma alma que procura na viagem o vestido certo para cobrir a lua de desejo, a mesma alma que tempera o mar com areia salgada, a alma que serve o fim da vida eterna, a mesma alma que pede desculpa sem nunca se desculpar, a alma que beija o desassossego dentro de um único e perfeito olhar, a alma que se recolhe e se perde na perfeição inútil, essa mesma...a alma.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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