Não me perguntes mais, segura-me nos teus braços, ampara o meu silêncio e as lágrimas que gritam enquanto dormes, de nada adianta querer chegar à fala com as palavras, entre os rumores que nos chegam e a infinita misericórdia, vive um ser de confiança, de transcendente sentido, de inteira verdade, herdada da vida, só para que a morte faça sentido, só assim repouso a mão na teu infinito mapa de sentido trágico que nos arranca do calor até ao fim do horizonte, até para lá da viagem, até para lá do luto e da agonia, até onde achas que conseguimos ver, mas é preciso ver mais longe, é...é preciso amar sem cura e confessar calado, é preciso, perante a beleza, perder-me diante de ti, recolher esse olhar perdido e entregar-me à dança, ao rodopio inventado entre o lápis e o pensamento, é preciso desenhar o não desenhado, é preciso encontrar a ilha dos amores, relatar doces escritos e naufragar diante desse teu ser, desse teu desejo, juntos ainda e para sempre, até quando quisermos.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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