O
laço infrangível que consegue unir os dois mundos, que torna apócrifa a
fronteira entre a vida e morte, e possível o seu encontro de todos os dias.
Tudo pode continuar como está, numa espécie de limbo, de reino intermédio e esbatido,
tudo podia continuar assim se o amor nunca tivesse aparecido, mas ele veio e isso
alterou tudo…deixou que o silêncio tomasse conta da beleza, deixou-se levar pelo
indomável espirito da aventura, deixou-se contagiar pelo inexorável sorriso,
deixou um brilho único, irresistível. Veio para mostrar o carácter ilusório do paraíso
em que pensamos viver, veio para obrigar a escolher entre este tempo e o outro,
veio para dar a conhecer, com maior lucidez, a ponte que atravessa os dois
lados da existência, veio com essa força dominadora, veio para ficar, veio para
não deixar desistir, veio para nos escutar, veio para nos ler, veio porque tem
um nome e uma força avassaladora que só a ele conseguimos dar, veio para fazer
tremer e chorar, veio simplesmente. O amor eterniza na vida a imortalidade que
a morte jamais alcançará.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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