A saudade de ter no destino a crença de chegar a nenhum lugar, saber sem
sequer o ter sentido, senti-lo como ninguém e vivê-lo porque faz todo o
sentido, fica a tristeza triste por pensar nesta alegria que de tamanha
tristeza se veste de um fado sem destino mas de lugar marcado na essência de um
coração adormecido. Eterno e cúmplice nos teus conselhos para ser o que eu
quiser e olhar a vista de um horizonte que deixou de ser criança e adormeceu no
teu sorriso, assim vai o destino da saudade, a voz que não entoa, aquela que
canta e lamenta sem ter sequer um qualquer lamento, aquela que ouve no silêncio
uma voz que não é a minha e que canta por alguém cá dentro, a incerteza de
que nada mais certo existe para além daquela grande certeza que é não estar certo
de nada. Para onde vamos senão para o piano, para a melodia de um quarto vazio,
de sombras e espaços em branco, não te esqueças de fechar a porta, a noite
ainda demora e o teu segredo está guardado na metade de mim, esta
saudade...
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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