Esse momento que perdura numa lágrima que não cai, numa voz que não é a própria, recortado no senso que nada tem de comum, invulgar, rigoroso e de olhar feito espelho, momento de sons e sílabas nunca compreendidos, os que com ele se envolvem, devolvem sem esforço a força de uma vida que se forma no dia-a-dia, que parte e que fica, para de novo partir e para de novo ficar. Assim amanhece a rotina que não é a rotina que nunca foi e que jamais o será, porque a palavra não cala e a pintura não apaga, o que posso eu desenhar não desenhando, o que posso eu escrever não escrevendo, é este o momento, o momento do pedido, escrevam por mim...
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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