Nesta manifestação de infinitos, percorri um caminho curto entre o cosmos e o sonho adormecido, de todo este movimento e num único pedido, parei o tempo e escrevi um texto em que nenhum dos dois quer saber de onde veio, de que é feito ou de quem é a culpa. Apresentam-se, ausentam-se, afagam, saúdam, ignoram ainda, concordam e discordam e no palco do extraordinário, sofrem, sofrem de inquietude porque nenhum dos dois imagina viver um dia de cada vez à espera de saber o que existe para lá deste silêncio. Por isto, no fim da cada linha, recolhem a casa e, nos braços desse querer, entregam-se à dança, desarrumam os desejos e aguçam o lápis, rodopiam encantos, confessam almas e sombras, alimentam sentidos e tempestades, imaginam a arte e o verso, porque a vida, esta vida, não lhes basta.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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