Leio-te porque sei que estás aqui comigo, sei que esperas, nesse ponto de partida, no antes de tudo, no antes da vida, do som e das palavras, para vires ao meu abraço. Leio-te nos olhos e no perfeito olhar, partindo da provocação que só o mistério da alma pode desvendar, perdi-me a considerar o antes, esse lugar onde já estive, onde já fui, mas do qual não tenho lembrança, se bem que lembrança não é a palavra certa, porque esse é, certamente, um lugar que tenho intrínseco em mim mas o qual não alcanço, e é nesse lugar que quero estar, naquele que posso, talvez, um dia encontrar.
Na descoberta de uma nova palavra somos confrontados com tantas que não conhecemos que nos apraz dizer que dentro de nós existe sempre algo desconhecido, que neste dia, alguém irá aparecer, falar e dizer qualquer coisa que por nós nunca foi ouvido, a isto chamamos crescer, aprender e respeitar atitudes e comportamentos que desconhecidos podem pronunciar a melhor razão do saber.
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