Instiga-me este
amargo que se abraçou em mim, inquieta-me não tecer as palavras que possam
reflectir esta urgência premente que ainda sinto e que estreita em mim a
veemência da tua presença.
Atento
no teu silêncio, permaneço na verdade deste sentido. O que foi, o que ainda
está por dizer, o gesto que ainda não vivi, o gesto que apenas sonhei,
esse desejo que permanece e fica na consciência de um pensamento, na verdade de
uma lua que nunca mais se deixa cair, que é sombra, mas que persiste camuflada
na distância e no caminho que não quero impor, antes viver.
É o que é, a simplicidade do carinho, do olhar, do ser, do estar, do realizar, do persistir, do perder, do voltar a ter, do agir, do querer transformar, do afecto, e de tantos outros prenúncios sem fim de movimento e de tempo, hoje, aqui e agora, nesse abraço que ficou por enlaçar e no beijo doce que entregas à minha face, nessa demora que é tão própria de ti, fica a banda desenhada, fica a fantasia demorada e a escultura inacabada.
Sem pressas, sem imposições, apenas para ser revelação do todo e dessa
realidade na qual embatemos, sem imaginar, sem pedir, sem desculpas, apenas um
novo dia, apenas um novo mundo, não te demores!
É o que é, a simplicidade do carinho, do olhar, do ser, do estar, do realizar, do persistir, do perder, do voltar a ter, do agir, do querer transformar, do afecto, e de tantos outros prenúncios sem fim de movimento e de tempo, hoje, aqui e agora, nesse abraço que ficou por enlaçar e no beijo doce que entregas à minha face, nessa demora que é tão própria de ti, fica a banda desenhada, fica a fantasia demorada e a escultura inacabada.
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